Sabia que existe uma perícia especializada apura e investiga o plágio de software em projetos de desenvolvimento? Essa abordagem compara o código-fonte do software suspeito com outros programas existentes, fazendo uma análise comparativa detalhada para identificar semelhanças e cópias ou plágio.
Os peritos usam técnicas como engenharia reversa, análise e comparação de código-fonte e identificação de padrões. Além disso, eles também podem entrevistar os desenvolvedores e investigar subcontratação ou roubo de código. Uma das atribuições mais importantes do assistente técnico especializado em perícia investigativa de plágio de software é a elaboração de quesitos estratégicos, baseados na tese jurídica em questão, há um artigo inteiro que falo só sobre isso, clique e saiba mais.
Entendendo a importância da proteção da propriedade intelectual de softwares
A perícia em plágio de software protege os direitos autorais dos proprietários e a integridade do mercado. Essa abordagem combate o plágio e a cópia ilegal de código, promovendo inovação, concorrência justa e proteção aos desenvolvedores e usuários.
Entendendo a diferença entre cópia e plágio
Tanto juridicamente quanto tecnologicamente, a diferença entre cópia e plágio está relacionada com o uso e a autoria do material protegido (KEMP, 2010).
Juridicamente, a cópia é a reprodução autorizada de um conteúdo protegido por direitos autorais. Enquanto o plágio é a reprodução não autorizada e apropriação indevida da obra intelectual de outra pessoa, como se fosse sua própria. Portanto, a cópia pode ser legal ou ilegal, dependendo da autorização do autor, enquanto o plágio é sempre ilegal (BRASIL, 1998).
Já em termos tecnológicos, a cópia pode ser realizada de forma simples, através de ferramentas que permitem a reprodução do código-fonte de um software. No entanto, a detecção de plágio requer uma análise mais aprofundada, que envolve a comparação minuciosa do código-fonte em busca de semelhanças ou trechos idênticos. Para isso, usam-se ferramentas de análise comparativa e técnicas de perícia digital para identificar plágio e violação de direitos autorais em softwares (SILVA, 2019).
Leis que protegem a propriedade intelectual de software
No Brasil, as leis que protegem a propriedade intelectual de software são:
- Lei de Propriedade Industrial: A Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/96) dispõe sobre a proteção da propriedade industrial no Brasil, incluindo patentes de invenção, modelos de utilidade, desenhos industriais e marcas. A lei também reconhece o software como uma obra protegida por direitos autorais.
- Lei de Direitos Autorais: A Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) protege as obras de criação intelectual, incluindo o software. A lei concede ao autor do software o direito exclusivo de reproduzir, distribuir e exibir sua obra, além de impedir a reprodução não autorizada por terceiros.
- Marco Civil da Internet: A Lei nº 12.965/14, também conhecida como Marco Civil da Internet, estabelece diretrizes para o uso da internet no Brasil. A lei prevê a proteção da propriedade intelectual na internet e responsabiliza provedores de serviços pelo conteúdo hospedado em suas plataformas.
- Código Civil: O Código Civil (Lei nº 10.406/02) estabelece as normas gerais que regulam as relações civis no Brasil. A lei reconhece o software como uma obra protegida por direitos autorais e estabelece as regras para a proteção desses direitos.
Formas como a cópia ou plágio de software podem ocorrer
Existem diversas formas pelas quais a cópia e o plágio de softwares podem ocorrer. Aqui estão algumas das formas mais comuns:
- Engenharia reversa: A engenharia reversa é um processo que envolve a desmontagem de um programa para entender seu funcionamento interno. Isso pode ser feito por meio de técnicas como a análise de código-fonte, a depuração do programa ou a execução do programa em um ambiente de depuração. Uma vez que o programa tenha sido desmontado, o código-fonte pode ser examinado e copiado.
- Copiar e colar: Esta é uma forma direta de cópia em que um desenvolvedor simplesmente copia e cola o código-fonte de um programa em outro. Isso é particularmente fácil de fazer com trechos curtos de código, como funções ou algoritmos específicos.
- Roubo de código: O roubo de código envolve o acesso não autorizado a um código-fonte protegido por direitos autorais. Isso pode ser feito por meio de ataques de engenharia social, como phishing ou roubo de credenciais, ou por meio de invasões de sistemas.
- Subcontratação não autorizada: Às vezes, uma empresa pode contratar uma terceira parte para desenvolver um software para ela. Se a empresa contratada copiar ou plagiar o código-fonte de um software existente em vez de escrever um código original, isso pode resultar em plágio.
- Forking: Forking é uma técnica de desenvolvimento de software em que uma cópia de um projeto de software é feita e é mantida separadamente. Isso geralmente é feito para criar uma versão alternativa ou personalizada do software existente. Embora seja uma técnica comum e aceitável em muitos contextos de desenvolvimento de software, pode ser considerada como plágio se for feita sem a permissão do proprietário original do software.
- Reutilização de código: A reutilização de código envolve o uso de código-fonte existente em um novo projeto de software. Isso pode ser feito de forma legal e ética, desde que o código seja de domínio público ou tenha sido licenciado de acordo com os termos de uso permitidos. No entanto, se o código for reutilizado sem a permissão do proprietário original ou de maneira que infrinja os direitos autorais, isso pode ser considerado como plágio.
- Derivação de código: A derivação de código envolve a criação de um novo programa de software que é derivado de um programa existente. Isso geralmente é feito para criar um programa similar, mas com algumas diferenças específicas. No entanto, se a derivação é feita sem a permissão do proprietário original ou se o novo programa contém código que é substancialmente similar ao código-fonte do programa original, isso pode ser considerado como plágio.
- Uso não autorizado de bibliotecas de terceiros: As bibliotecas de terceiros são frequentemente utilizadas em programas de software para fornecer funcionalidades específicas. No entanto, se essas bibliotecas forem utilizadas sem a permissão do proprietário original ou de maneira que infrinja os direitos autorais, isso pode ser considerado como plágio.
Em nosso dia a dia, já nos deparamos com a existência de várias formas pelas quais a cópia e o plágio de softwares podem ocorrer, incluindo engenharia reversa, copiar e colar, roubo de código, subcontratação não autorizada, forking, reutilização de código, derivação de código e uso não autorizado de bibliotecas de terceiros. Cada uma dessas formas pode resultar em plágio se for feita sem a permissão do proprietário original do software ou de acordo com os termos de uso permitidos.
Em termos técnicos, a forma mais comum que identificamos a cópia e o plágio de softwares geralmente envolvem a replicação ou adaptação de código-fonte de um programa existente. Isso pode envolver a cópia de blocos de código ou a reutilização de funções inteiras. Sempre que me deparo com plágio, tenho que realizar procedimentos mais técnicos, pois este tipo de ilegalidade pode ser mais difícil de detectar quando o código-fonte é suficientemente para torná-lo parecido com um trabalho original.
Como a perícia e investigação de plagio e cópia de software deve ser realizada
A perícia em casos de suspeita de plágio de software envolve uma análise técnica do código-fonte do software em questão. Essa análise é realizada por um perito em informática, que é um profissional especializado em investigação forense digital e análise de sistemas computacionais.
A primeira etapa da perícia é a obtenção do código-fonte do software em questão. Isso pode ser feito por meio de uma solicitação formal à empresa ou pessoa responsável pelo software, ou por meio de uma busca e apreensão autorizada pela justiça. Uma vez obtido o código-fonte, o perito realiza uma análise técnica detalhada para identificar eventuais cópias ou plágio.
Quais técnicas devem ser utilizadas durante a investigação
A análise técnica envolve a utilização de ferramentas especializadas para comparação de código-fonte e identificação de similaridades. Essas ferramentas utilizam técnicas de análise estática de código, que permitem comparar trechos de código em busca de semelhanças e diferenças. Além disso, o perito também pode realizar uma análise dinâmica do software, executando-o em um ambiente controlado para identificar eventuais comportamentos suspeitos.
Qual o objetivo da investigação de plágio ou cópia de software
O objetivo da perícia é identificar se o software em questão foi plagiado ou se foi desenvolvido independentemente. Para isso, o perito pode comparar o código-fonte do software suspeito com outros programas existentes, bem como investigar a possibilidade de subcontratação não autorizada ou roubo de código.
Ao final da perícia, o perito elabora um laudo pericial técnico, que contém as conclusões da análise e as evidências que sustentam essas conclusões. Esse laudo pode ser utilizado em processos judiciais para comprovar a ocorrência de plágio de software e proteger os direitos autorais dos proprietários originais de softwares.
Guia resumido para perícia e investigação de plágio e cópia de software
Segue um esquema básico de como funciona uma perícia em casos de plágio de software:
- Obtenção do código-fonte do software em questão por meio de solicitação formal ou busca e apreensão autorizada pela justiça.
- Análise técnica detalhada do código-fonte pelo perito em informática.
- Utilização de ferramentas especializadas para comparação de código-fonte e identificação de similaridades.
- Análise estática de código para comparar trechos de código em busca de semelhanças e diferenças.
- Análise dinâmica do software, executando-o em um ambiente controlado para identificar eventuais comportamentos suspeitos.
- Comparação do código-fonte do software suspeito com outros programas existentes e investigação de possíveis subcontratações não autorizadas ou roubo de código.
- Elaboração de um laudo pericial técnico pelo perito, contendo as conclusões da análise e as evidências que sustentam essas conclusões.
- Utilização do laudo em processos judiciais para comprovar a ocorrência de plágio de software e proteger os direitos autorais dos proprietários originais de softwares.
Interessados na perícia em plágio de software: empresas, desenvolvedores e órgãos públicos
Os interessados em uma perícia em casos de plágio de software podem incluir:
- Proprietários de softwares, que buscam proteger seus direitos autorais e identificar possíveis plágios.
- Empresas desenvolvedoras de softwares, que podem contratar peritos para investigar casos de suspeita de plágio envolvendo seus produtos.
- Empresas que suspeitam que seus concorrentes estejam utilizando softwares plagiados.
- Advogados que atuam em casos de propriedade intelectual, que podem requerer perícia para instruir processos judiciais.
- Órgãos governamentais responsáveis por fiscalizar o cumprimento da legislação de propriedade intelectual, que podem solicitar perícia em casos de suspeita de plágio de software.
- Profissionais de TI, que podem ser contratados como peritos para realizar a análise técnica do código-fonte do software em questão.
Perfil do profissional que realiza a perícia em plágio de software: habilidades e conhecimentos necessários
Um profissional que queira realizar perícia em casos de plágio de software deve ter um perfil técnico e investigativo, com habilidades e conhecimentos específicos em áreas como programação, engenharia reversa, análise de código-fonte, sistemas operacionais e segurança da informação.
Além disso, é importante que o profissional tenha formação acadêmica em áreas como Ciência da Computação, Engenharia de Software, Segurança da Informação ou áreas correlatas, e experiência comprovada em análise técnica de softwares.
Outras habilidades importantes para um perito em casos de plágio de software incluem:
- Conhecimentos em linguagens de programação diversas, tais como C, C++, Java, Python, entre outras.
- Habilidade para utilizar ferramentas de análise de código-fonte e de engenharia reversa.
- Conhecimentos em sistemas operacionais, arquitetura de computadores e redes de computadores.
- Habilidade para trabalhar com grande volume de dados e informações técnicas.
- Habilidade para redigir laudos técnicos de forma clara e objetiva, com informações detalhadas sobre a análise realizada e as conclusões obtidas.
- Capacidade de análise crítica e raciocínio lógico.
- Conhecimentos em leis e regulamentações relacionadas à propriedade intelectual.
- Ética e imparcialidade, garantindo que o processo de perícia seja realizado de forma isenta e imparcial.
Ferramentas utilizadas na análise de código-fonte em casos de plágio de software
Existem diversas ferramentas disponíveis para realizar comparação e análise de código-fonte em processos de perícia em plágio de software, algumas eu uso no meu dia a dia e outras já tive contato. Algumas das principais são:
- WinMerge: uma ferramenta de comparação e fusão de arquivos, que pode ser utilizada para comparar o código-fonte de dois softwares e identificar semelhanças e diferenças.
- Beyond Compare: outra ferramenta de comparação de arquivos que uso no meu dia a dia. Ela permite comparar o código-fonte de dois softwares e identificar semelhanças e diferenças.
- JPlag: uma ferramenta específica para detecção de plágio em código-fonte, que pode ser utilizada para comparar trechos de código de diferentes softwares e identificar possíveis casos de plágio.
- PlagiarismCheckerX: outra ferramenta de detecção de plágio que pode ser utilizada para comparar o código-fonte de diferentes softwares e identificar semelhanças.
- Sourcetrail: uma ferramenta que permite visualizar o código-fonte de um software de forma gráfica, facilitando a identificação de possíveis plágios ou trechos suspeitos.
- CodeMatch: uma ferramenta que utiliza técnicas de mineração de dados para comparar o código-fonte de diferentes softwares e identificar possíveis casos de plágio.
- MOSS (Measure Of Software Similarity): outra ferramenta específica para detecção de plágio em código-fonte, que utiliza técnicas de análise de similaridade de código para identificar possíveis casos de plágio.
Ressalto que o uso de ferramentas deve ser complementado com análise manual e investigação técnica realizada por profissional qualificado e capacitado para obter resultados mais precisos e confiáveis.
Conclusão: a importância da perícia em plágio de software e a necessidade de proteger sua propriedade intelectual.
Com base em minha experiência e conhecimento sobre serviços de perícia em plágio de software, posso concluir que essa área é extremamente importante para garantir a proteção da propriedade intelectual de softwares desenvolvidos.
Todas as vezes que realizo esse tipo de perícia, percebo que a perícia em plágio de software é um processo complexo que envolve uma série de etapas, incluindo análise técnica de código-fonte, investigação sobre a autoria dos softwares e elaboração de laudos técnicos. É uma área que exige grande conhecimento técnico e habilidades específicas, como programação, engenharia reversa e análise de sistemas.
A perícia em plágio de software é importante para diversos interessados, como desenvolvedores de software que desejam proteger seus direitos autorais, empresas que precisam garantir que seus softwares não estão sendo plagiados, e até mesmo órgãos públicos responsáveis pela fiscalização e proteção da propriedade intelectual.
Para se tornar um perito em casos de plágio de software, é necessário ter um perfil técnico e investigativo, com habilidades e conhecimentos específicos em áreas como programação, engenharia reversa, análise de código-fonte, sistemas operacionais e segurança da informação.
Por fim, a perícia em plágio de software é uma área de grande importância para garantir a proteção da propriedade intelectual de softwares desenvolvidos, e deve ser realizada de forma ética, imparcial e rigorosa para garantir resultados precisos e confiáveis.
Perícia em Plágio de Software: Protegendo sua Propriedade Intelectual e Valorizando seu Trabalho.
Se você é desenvolvedor de software, dono de uma empresa ou possui um software de sua autoria e está preocupado com a possibilidade de plágio, a perícia em plágio de software é um dos nossos serviços que você precisa. A proteção da propriedade intelectual de softwares é essencial para garantir o sucesso e a competitividade de sua empresa, além de garantir a valorização do seu trabalho.
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