A melhor frase que define o relatório técnico é: ver e repetir, ver e referir ou ver e reportar. Diferente do laudo pericial e do parecer técnico, no relatório o perito assistente técnico irá somente relatar o que pode constatar, sem realizar exame ou perícia. No relatório devemos expor a escrita e descrever os fatos verificados, informando a execução de serviços e experiências.
Os profissionais que atuam nessas tarefas são os mais variados possíveis, pois sua formação dependerá do tipo de conhecimento e da prática necessária.
Estrutura básica recomendável para um relatório técnico em computação forense
O relatório técnico é emitido quando identificada a necessidade de fundamentação formal ou informação específica acerca de determinada matéria, devendo ser elaborado por especialistas e encaminhado para conhecimento, validação e providencias devidas. Portanto, um relatório técnico também pode ser considerado como o resultado de um exame ou ação específica que tenha sido realizado por alguma pessoa que detenha conhecimento técnico especializado e prático a acerca de alguma ciência. Para tanto, o relatório deverá descrever de forma clara e concisa o que o perito assistente técnico presenciou e todas suas nuances.
Nesse cenário, o objeto que originará um relatório técnico será algum exame parcial ou análise sobre determinada situação específica, cujo resultado – evidenciado por intermédio do relatório técnico – servirá para complementar um estudo maior sobre um fato questionado.
O fato de se tratar de um documento de certo modo mais simples, por ser mais direto e sucinto, mas não menos importante que os demais acima mencionados, é possível se notar na prática certa similaridade e correlação entre as estruturas propostas para um laudo pericial, para um parecer técnico e para um relatório técnico. Não existindo definição, portanto, uma estrutura obrigatória padrão para eles. Nada obstante, para fins de orientação, pode-se dividir um relatório técnico, de forma genérica em três partes distintas: introdução (fundamentos legais ou históricos); desenvolvimento (análise técnica); conclusão (favorável ou desfavorável, com sugestões e/ou proposições de evidências)
Ante o exposto, atender os imperativos de acordo com a análises que estão sendo conduzidas passa a ser o guia na elaboração do relatório técnico, seguido o andamento lógico e cronológico dos fatos apurados e das evidencias que estão sendo processadas, a fim de relatar uma linha de tempo – timiline de modo sequencial, pertinente e inteligível para a parte que solicitou o relatório. Para isso, cabe ao responsável pela elaboração especificar itens que melhor se adequem à condução e conclusão de suas análises, bem como a elaboração de seu relatório, tais como:
Informações sobre o solicitante das análises;
Especificação clara e concisa do objetivo dos exames;
Descrição dos objetos que serão periciados e o seu estado atual;
Descrição dos métodos empregados na realização dos exames;
Descrição dos exames em linguagem simples e de fácil compreensão;
Conclusão do relatório informando sucintamente aquilo que foi encontrado.
Conclusão
Os documentos processuais constituem-se de uma variedade de provas, cujas produções necessitam de fundamentos técnico-científicos bem elaborados, cujo objetivo é explicar dinâmica, determinar a autoria e a materialidade de certos fatos e de seus efeitos e nesse caso em tela relatar algum acontecimento ou fato.
O relatório técnico é uma das mais importantes ferramentas para apresentar informações técnicas acerca de determinado objetivo e corroborar ou contrapor com documentos oficiais. Diversos atores utilizam este importante documento: juízes, advogados, peritos oficiais, promotores, investigadores e delegados entre outros. Logo, esse documento é de suma importância para apresentar de forma técnica e cientifica o relato dos fatos e dos acontecimentos com argumentos que permitam com que o exercício do contraditório e da ampla defesa.
Por fim, os documentos processuais são fundamentais para a conclusão do processo investigativo, que serão verificados e interpretados como instrumento de convencimento. Dessa forma, sua redação deve ser transparente e esclarecedora para que todos possam entendê-lo sem dificuldades.
